quarta-feira, 15 de janeiro de 2014


Sempre gostei de falar de flores metaforicamente, seja com relação a sentimentos ou pessoas, como Exupéry faz perfeitamente em seu livro "O Pequeno Príncipe",  ele diz que "Espinho não serve para nada. São pura maldade das flores", nesta pequena e forte citação eu absorvo que nossos espinhos realmente não servem para absolutamente nada, exceto para maltratar sem querer a quem amamos. O Princepezinho defende que na verdade, as flores (nós) que são ingênuas e fracas e que utilizam os espinhos por proteção e que também sentem-se terríveis por isso... O que não deixa de ser verdade também, porque ao respondermos a um ataque, estamos protegendo o que pensamos, mesmo que às vezes seja errado. E ao fim de tudo, acabamos no sentido a pior pessoa do mundo por ter magoado aquela pessoa tão querida por nós.
Amar uma rosa e não chorar é impossível... nos deixamos cativar e a partir daí não temos mais controle de nenhum sentimento. É certo que o amor é maior que tudo e que onde tem alegria, também se tem a tristeza uma vez ou outra. Para ter a rosa consigo, é certeiro que iremos nos machucar com seus espinhos, mas esquecemos da dor porque, porque seu perfume e sua beleza é maior que qualquer espinho que venha a nos ferir, e claro, porque nós fizemos que ela se tornasse única e especial para nós tendo todo o cuidado para não deixá-la morrer, como fez o Princepezinho: "Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.".


"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla." O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

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